quinta-feira, janeiro 08, 2009

Fuvest 2009: deficiência não impede candidatos de prestar vestibular

Estudantes com limitações têm direito a tempo extra e provas adaptadas; benefício deve ser solicitado no ato da inscrição

Raphael Hakime

O candidato ao curso de matemática aplicada e computacional da USP, Fernando Aoki, saiu do Jabaquara, zona sul de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (7). Acompanhado da mãe, Claudecir Aoki, ele atravessou a capital paulista de metrô e ônibus para fazer a prova de física da segunda fase do vestibular da Fuvest.

A diferença da história de Fernando para os outros quase 16 mil alunos que participaram do exame de hoje é física: Fernando descobriu há três anos ter baixa visão. Para os estudantes com deficiência, a Fuvest disponibiliza salas adaptadas e um tempo maior de prova - são 45 minutos a mais. Para realizar as provas, Fernando recebeu provas com letras ampliadas e um ledor, espécie de lupa. "Quando converso com uma pessoa, não a vejo, só enxergo um circulo fora de foco. Ano passado prestei a Fatec (Faculdade de Tecnologia), mas não consegui preencher o gabarito porque a letra era muito pequena", conta o estudante que diz não ter indicado sua deficiência no ato da inscrição da Fatec.

O estudante Rafael Martinelli, 19, também solicitou uma sala especial para realizar o vestibular da Fuvest. De olho em uma vaga em engenharia civil, o estudante sofre com a dislexia e tem dificuldades para se concentrar. "Como tenho dislexia, me distraio com muita facilidade. Por isso, esse tempo maior para responder às questões me ajuda bastante", diz.

Segundo o coordenador de comunicação da instituição, José Coelho Sobrinho, além de indicar a deficiência no ato da inscrição, o candidato precisa apresentar um atestado médico com o diagnóstico do problema para receber o benefício. "Um médico da Fuvest confere o atestado e determina as condições necessárias para aquele candidato fazer a prova", afirma.

Abril.com
07/01/2009

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