
O aluno, que é portador de necessidades especiais, veio do Maranhão e procurou a escola no início do ano para se matricular. A força de vontade e determinação do jovem comoveram os professores e demais profissionais da escola que, de imediato, encaminharam-no ao CMAI Maria Thomé Neto, para atendimento complementar. Na Unidade, Gildson recebe os atendimentos de psicopedagogia, psicomotricidade, fisioterapia e terapia ocupacional.
Segundo o diretor da escola, professor Jefferson Lopes de Lima, Gildson é um aluno muito querido no ambiente escolar, companheiro e tem se desenvolvido surpreendentemente. "Todos da escola sentem motivados a ajudá-lo, ele é simpático com todos e muito motivado para os estudos. Além do mais participa, com muita disposição, de todas as atividades", enfatiza o diretor.
Jefferson acredita que a entrega da carteira facilitará no processo de escolarização de Gildson, uma vez que irá melhorar ou corrigir a postura do aluno, ainda mais porque ele necessita do auxílio dos pés para escrever. O professor acrescenta que, mesmo com tantas limitações, ele é um ótimo aluno.
Pioneirismo
A entrega das carteiras obedece ao Projeto de Lei (PL 253/06), ainda não promulgado, mas aprovado pela Câmara Municipal, mas que ainda nem foi promulgado. Contudo a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação, já está atendendo a demanda proposta, a fim de solucionar ou amenizar as dificuldades física-motoras dos alunos matriculados nas Escolas da Rede Municipal de Ensino. A Lei de "Carteira Inclusiva" prevê que o mobiliário atenda, conforme o problema apresentado, aos alunos matriculados em estabelecimentos de ensino, de maneira geral, com necessidades temporárias ou permanentes. Esse tipo de mobiliário visa um melhor posicionamento, estabilidade e segurança dos seus usuários, assim como contribui para o rendimento escolar do aluno.
Carteiras
Foram confeccionadas as dez primeiras carteiras, que serão entregues nesta semana. Os móveis foram projetados pelo fisioterapeuta Cláudio Pereira Neves, que é formado em educação física e fisioterapia, a fim de atender as dificuldades de ordem motora daqueles alunos que têm algum tipo de comprometimento físico, o qual impede a destreza dos membros, atingidos por alguma deficiência. As adaptações ergonômicas fazem parte do estudo da fisioterapia, que prevê a adaptação do mobiliário e das condições do meio-ambiente, em relação aos problemas de postura humana.
O fisioterapeuta Cláudio, responsável pelo desenvolvimento do projeto, comenta a importância dessas carteiras para a melhoria das condições educacionais dos alunos. "Pensei em utilizar o móvel padrão escolar e colocar adaptações gerais que servirão para dar mais conforto, ao mesmo tempo que previne o agravamento dos problemas, futuramente", avalia Cláudio. Ele destaca que as carteiras colaboram, inclusive, para minimizar as dores, os problemas de pressão arterial, a circulação sanguínea e favorece à postura. Conseqüentemente, melhora a atenção, gerando uma aprendizagem mais eficaz.
Fonte: Secretaria Municipal de Educação
Diário da Manhã Online
10 de setembro de 2.008
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