Pesquisa do professor da USP Fernando Capovilla mostra que crianças e jovens surdos aprendem mais e melhor quando frequentam escolas bilíngues
Crianças e jovens surdos aprendem mais e melhor quando frequentam escolas bilíngues. É o que mostra pesquisa do professor da Universidade de São Paulo Fernando Capovilla, que desde 2001 vem avaliando surdos entre seis e 25 anos.
No estudo, alunos surdos são submetidos a testes sobre compreensão de leitura, vocabulário e memória. Entre os 9,2 mil já avaliados, os melhores resultados foram dos que frequentaram escolas bilíngues, onde os alunos são surdos e, em muitos casos, os professores também, exigindo o maior uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Psicólogo, Capovilla defende ensino em tempo integral e alfabetização em Libras, o que auxilia na leitura labial e na apreensão gradativa do português como segunda língua. Por isso, as aulas para as crianças surdas deveriam ser integralmente em Libras até o 7º ano do ensino fundamental, quando já se adquiriu mais vocabulário.
Ele é a favor de uma “inclusão programada”, na qual alunos surdos só convivem com os demais quando já conseguem se comunicar por Libras, português escrito e leitura labial.
Para ele, o modelo de ensino do Ministério da Educação para surdos em escolas regulares é equivocado. Ele entende que a cultura surda é depreciada, intérpretes escolares não têm formação adequada e o tempo para aprender Libras é pequeno.
– A língua materna, de sinais, é que deve servir de ponte para a introdução do português. Mas, como as crianças custam a aprender Libras, ela tem sido uma ponte quebrada.
GABRIELLE BITTELBRUN
No estudo, alunos surdos são submetidos a testes sobre compreensão de leitura, vocabulário e memória. Entre os 9,2 mil já avaliados, os melhores resultados foram dos que frequentaram escolas bilíngues, onde os alunos são surdos e, em muitos casos, os professores também, exigindo o maior uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Psicólogo, Capovilla defende ensino em tempo integral e alfabetização em Libras, o que auxilia na leitura labial e na apreensão gradativa do português como segunda língua. Por isso, as aulas para as crianças surdas deveriam ser integralmente em Libras até o 7º ano do ensino fundamental, quando já se adquiriu mais vocabulário.
Ele é a favor de uma “inclusão programada”, na qual alunos surdos só convivem com os demais quando já conseguem se comunicar por Libras, português escrito e leitura labial.
Para ele, o modelo de ensino do Ministério da Educação para surdos em escolas regulares é equivocado. Ele entende que a cultura surda é depreciada, intérpretes escolares não têm formação adequada e o tempo para aprender Libras é pequeno.
– A língua materna, de sinais, é que deve servir de ponte para a introdução do português. Mas, como as crianças custam a aprender Libras, ela tem sido uma ponte quebrada.
GABRIELLE BITTELBRUN
Fonte: Diário Catarinense (SC)
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