Lendas amazônicas sobre personagens como Matita Pereira, Jurupari, o Boto e o curandeiro Anselmo, ou que narram de forma mitológica a origem do rio Maués e do fruto do guaraná, estão sendo contadas em língua brasileira de sinais (libras). O projeto é uma iniciativa do Instituto Federal de Educação do Amazonas (Ifam), desenvolvido em parceria com o Centro de Convivência do Idoso de Maués, cidade do Amazonas.
“Poucas famílias têm cursos ou formação em libras para conversar com o filho. Aqui, em Maués, eles usam muitos gestos caseiros”, comenta o professor Maxmiliano Batista de Barros, coordenador do projeto Tradução de lendas amazônicas: do português para libras. O interesse pelo projeto está crescendo entre a população. Alunos do curso de tecnologia do Ifam atuam como voluntários na ação, que pretende dar à comunidade de surdos do estado a oportunidade de conhecer a sua cultura.
Composto por mais de 200 comunidades rurais, o município está localizado a 356 km de Manaus. A cidade, considerada de porte médio, possui cerca de 53 mil habitantes, dos quais 14 mil têm algum tipo de deficiência leve, moderada ou severa. Os dados foram apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no censo de 2010, ano a partir do qual o campus de Maués passou a receber alunos com distúrbios de audição. Há 2 mil surdos no município, de acordo com levantamento feito em 2013.
“Estamos mostrando para o município que há surdos, e que eles têm direito a uma educação de qualidade. Esse trabalho faz com que outras pessoas criem o interesse em se capacitar em libras”, relata o professor do Instituto Federal de Educação do Amazonas (Ifam) Maximiliano de Barros.
“Nossas lendas amazônicas têm um requinte educativo ao modo caboclo, era como o indígena educava suas crianças e adolescentes”, lembra Barros. “Eles são um povo místico e supersticioso, as lendas vinham como um aviso, uma lição”, acrescenta, ao defender que a temática pode ser trabalhada em outras disciplinas, como história, geografia e filosofia, por exemplo.
Segundo o professor, atualmente estão matriculados na rede estadual de Maués 11 alunos surdos. Na escola estadual Santina Felizola foram contratados três intérpretes de libras. “Isso já foi um grande avanço para o município, e agora estamos lutando, enquanto instituto, para que nossos alunos também tenham esse acompanhamento.”
O projeto apresenta as lendas ao vivo, mas a proposta é, em 2018, transformar o material em um livro acessível, com versões em libras, braile e em vídeo, para publicar na internet. Recentemente, o trabalho foi apresentado durante a 40ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), em Vitória.
FONTE: MEC
“Poucas famílias têm cursos ou formação em libras para conversar com o filho. Aqui, em Maués, eles usam muitos gestos caseiros”, comenta o professor Maxmiliano Batista de Barros, coordenador do projeto Tradução de lendas amazônicas: do português para libras. O interesse pelo projeto está crescendo entre a população. Alunos do curso de tecnologia do Ifam atuam como voluntários na ação, que pretende dar à comunidade de surdos do estado a oportunidade de conhecer a sua cultura.
Composto por mais de 200 comunidades rurais, o município está localizado a 356 km de Manaus. A cidade, considerada de porte médio, possui cerca de 53 mil habitantes, dos quais 14 mil têm algum tipo de deficiência leve, moderada ou severa. Os dados foram apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no censo de 2010, ano a partir do qual o campus de Maués passou a receber alunos com distúrbios de audição. Há 2 mil surdos no município, de acordo com levantamento feito em 2013.
“Estamos mostrando para o município que há surdos, e que eles têm direito a uma educação de qualidade. Esse trabalho faz com que outras pessoas criem o interesse em se capacitar em libras”, relata o professor do Instituto Federal de Educação do Amazonas (Ifam) Maximiliano de Barros.
“Nossas lendas amazônicas têm um requinte educativo ao modo caboclo, era como o indígena educava suas crianças e adolescentes”, lembra Barros. “Eles são um povo místico e supersticioso, as lendas vinham como um aviso, uma lição”, acrescenta, ao defender que a temática pode ser trabalhada em outras disciplinas, como história, geografia e filosofia, por exemplo.
Segundo o professor, atualmente estão matriculados na rede estadual de Maués 11 alunos surdos. Na escola estadual Santina Felizola foram contratados três intérpretes de libras. “Isso já foi um grande avanço para o município, e agora estamos lutando, enquanto instituto, para que nossos alunos também tenham esse acompanhamento.”
O projeto apresenta as lendas ao vivo, mas a proposta é, em 2018, transformar o material em um livro acessível, com versões em libras, braile e em vídeo, para publicar na internet. Recentemente, o trabalho foi apresentado durante a 40ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), em Vitória.
FONTE: MEC
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