segunda-feira, julho 20, 2009

Inclusão social é praticada no Sul com ajuda da informática

Segunda-feira, 20 de julho de 2009 - 18:08

A educação inclusiva já é uma realidade no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul). Utilizando um programa de computador, a instituição de ensino vai facilitar a vida de alunos deficientes visuais vindos de outras escolas públicas que buscam no instituto o apoio didático-pedagógico. A novidade está sendo implantada no campus Pelotas, que conta com uma servidora cega em seu quadro funcional.


Além de equipamentos e mobiliários apropriados, a sala onde funciona o Núcleo de Apoio às Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (Napne) contará com o Mecdaisy, um conjunto de programas que permite transformar qualquer formato de texto disponível no computador em texto digital falado.


Baseado no padrão internacional Digital Accessible Information System (Daisy), a ferramenta brasileira traz sintetizador de voz (narração) e instruções de uso em português brasileiro. O software permite converter qualquer texto em formato Daisy e, após a conversão, é possível manusear o texto sonoro de maneira semelhante ao escrito. Com isso, é possível procurar assuntos pelo índice, folhear páginas e realizar pesquisas.


“Com essa ferramenta, vamos não só atender as necessidades de nossa servidora, mas contribuir de maneira significativa para a inclusão de alunos deficientes visuais”, afirma a diretora-geral do campus Pelotas, Gisela Loureiro Duarte. Ela participou, a convite do Ministério da Educação, de capacitação oferecida pelo Instituto Benjamin Constant para a adequação e o recebimento de servidores e alunos deficientes visuais.


O Benjamin Constant é um centro de referência, em nível nacional, para questões da deficiência visual. Possui uma escola que capacita profissionais dessa área, assessora escolas e instituições, realiza consultas oftalmológicas à população, reabilita, produz material especializado, impressos em Braille e publicações científicas.


Entre os diversos campi que integram os institutos federais no Rio Grande do Sul, o campus Pelotas do IFSul é o primeiro e único a ter uma servidora com deficiência visual em seu quadro efetivo. Trata-se da técnica em assuntos educacionais Magali Costa Valle, que ingressou no instituto no início desse ano, após ser aprovada em concurso público.


Para o reitor Antônio Carlos Barum Brod, o IFSul vem cumprindo sua missão social por meio de práticas inclusivas, “que possam transformar a vida das pessoas para melhor”.


O MEC vem implementando políticas que incluem implantação de salas de recursos multifuncionais, adequação de prédios escolares para a acessibilidade, formação continuada de professores da educação especial e o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) na escola, além do programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que tem o propósito de estimular a formação de gestores e educadores para a criação de sistemas educacionais inclusivos.


Assessoria de imprensa do IF Sul-rio-grandense

MEC

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