Cerca de 360 docentes que atuam nas classes do ensino regular em todo o Estado passarão por orientação técnica na Escola de Formação a partir desta quarta-feira (11/05)
Tem início nesta quarta-feira (11/05), na Escola de Formação de Professores, na Capital, a orientação técnica para os cerca de 330 docentes que atuam como interlocutores de Libras (Língua Brasileira de Sinais) nas classes do ensino regular da rede em todo o Estado. Sob responsabilidade do Cape (Centro de Apoio Pedagógico Especializado), órgão da Secretaria de Estado da Educação responsável pelo suporte à Educação Especial, a capacitação terá como foco a vivência e metodologia de interpretação para sala de aula, com o objetivo de desenvolver melhores práticas na mediação entre os professores e alunos com deficiência auditiva. Os participantes serão divididos em grupos, que farão o curso em três períodos diferentes no mês de maio (entre os dias 11 e 13, 18 e 20 e 25 e 27). As despesas com diária e transporte são custeadas pela Secretaria.
O interlocutor tem como atribuição viabilizar a comunicação entre o professor-titular e os estudantes que possuem algum tipo de deficiência auditiva. Sua função é interpretar por meio da Libras as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas em sala de aula, permitindo o acesso aos conteúdos curriculares. “O professor-interlocutor não é um simples tradutor, pois ele precisa ter uma metodologia própria para que o aluno possa aprender”, explica Maria Elizabete Costa, diretora do Cape. A orientação abordará, por meio de Libras, conteúdos do Caderno do Aluno, o material didático utilizado na rede estadual.
Capacitação e atendimento em Educação Especial
A rede estadual paulista é pioneira na oferta de atendimento educacional especializado a alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas públicas. No período de 2000 a 2010 foram capacitados 105.276 profissionais pelo Cape, que promove cursos e orientações técnicas para profissionais da rede estadual de ensino, como supervisores, professores-coordenadores de Oficina Pedagógica, professores-coordenadores, professores especializados em Educação Especial, professores do Ensino Fundamental e Médio. Os professores especializados atuam nos Sapes (Serviços de Apoio Pedagógico Especializado), que devem atender a 14.101 alunos em 2011. Esses estudantes participam de aulas nas salas de recursos, classes hospitalares e/ou regidas por professores especializados, por exemplo, promovidas exclusivamente pela Secretaria.
A Secretaria de Educação possui ainda convênio com instituições assistenciais responsáveis por educar crianças e adolescentes com deficiências graves e que não podem ser incluídas na rede regular de ensino. Só em 2011, a Pasta destinou quase R$ 92,3 milhões a esses convênios, que preveem repasse de verba às instituições para o atendimento de cerca de 33 mil alunos. Os recursos são destinados ao pagamento de professores, diretores e coordenadores pedagógicos, além da manutenção das classes. Do total de instituições conveniadas neste ano, 260 são unidades da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e outras 41 são entidades assistenciais que também trabalham com alunos deficientes. Todas oferecem atendimento pedagógico e educacional em situações de deficiência motora, visual, mental ou auditiva, e também para estudantes com autismo.
SEESP NOTÍCIAS
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