Funcionários de uma escola que foram flagrados ofendendo uma criança autista em Cherry Hill, em Nova Jersey, noroeste dos Estados Unidos, desencadearam uma discussão sobre a preparação dos profissionais de educação para lidar com alunos que possuem disfunções. "Cale a boca", disse um deles. "Vá em frente e grite, porque, adivinha só?, você não vai ganhar nada enquanto não fechar a boca." Em outra ocasião, um funcionário chama Akian Chaifetz, 10 anos, de bastardo. As informações são do jornal USA Today.
No entanto, o pai de Akian, Stuart Chaifetz, desconfiava dos maus tratos, e colocou um gravador no bolso do filho para flagrar as agressões verbais. Após publicar o áudio na internet na semana passada, milhões de pessoas descobriram o que se passava na escola primária Horace Mann. O fato fez educadores se questionarem sobre o significado da agressão. "O que ocorreu em classe não é desculpável e não devia ter acontecido", afirmou a diretoria da escola na sexta-feira. "Acreditamos que o incidente foi uma anormalidade." No entanto, outros especialistas discordam, e afirmam que programas especiais de educação em várias comunidades podem não ter o auxílio e a expertise necessários para lidar com crianças que possuem alguma disfunção.
Funcionários que abusam desses estudantes "não parecem ter as habilidades que precisam (...) e claramente não têm a supervisão necessária", afirmou Brenda Considine, porta-voz da Coalizão para a Reforma da Educação Especial de Nova Jersey. "É irônico que esse tema venha ganhando tanta atenção, porque nós acabamos de aprovar uma das mais severas leis anti-bullying nos Estados Unidos, destinadas a acabar com a prática entre as crianças", disse ela. "Aqui há uma clara evidência de que os funcionários das escolas estão envolvidos no bullying." O pai do garoto afirmou que, entre os 3,7 milhões de pessoas que responderam ao vídeo dele na internet estão pais "que estão na mesma situação que ele".
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