quinta-feira, setembro 27, 2012

Ministério da Saúde lança diretrizes para atendimento a pacientes com Síndrome de Down

da VEJA

Documento é destinado a profissionais do SUS e tem como objetivo garantir que portadores da deficiência recebam acompanhamento e tratamento adequados

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, as Diretrizes de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down. O documento é direcionado a profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem como objetivo garantir um melhor acompanhamento e atendimento a pacientes portadores da doença, que atinge cerca de 300.000 brasileiros.

Essa é a primeira de uma série de diretrizes que o Ministério pretende lançar sobre cuidados às pessoas portadoras de alguma deficiência. O documento contém informações que ajudam o profissional de saúde a identificar se uma pessoa possui a Síndrome de Down, como o conjunto de características físicas apresentadas por esses indivíduos. Os profissionais também podem encontrar no documento recomendações sobre a melhor forma de dar a notícia sobre a presença da síndrome em uma criança a seus familiares e de esclarecer as dúvidas deles em relação à doença.

Além disso, as diretrizes enumeram as patologias que são mais prevalentes entre pacientes com a síndrome e os principais cuidados que devem ser tomados quando uma criança nasce com a deficiência. O documento também traz orientações sobre diagnóstico clínico da síndrome e quais são os exames que devem ser feitos nos pacientes em cada faixa-etária.

As diretrizes foram elaboradas ao longo de cinco meses por colaboradores de entidades sociais, como por exemplo a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, e especialistas na doença. Uma versão simplificada do documento, os Cuidados de Saúde às Pessoas com Síndrome de Down, também foi feita com a ajuda de jovens com Síndrome de Down.

Principais pontos das diretrizes

  • Pessoas com Síndrome de Down apresentam características como pregas palpebrais oblíquas para cima, base nasal plana, face aplanada, protusão lingual, cabelo fino
  • Ter somente uma dessas características não permite que o paciente seja diagnosticado com Síndrome de Down
  • Além da análise das características físicas, uma análise genética deve ser feita para confirmar o diagnóstico
  • A família do portador da deficiência deve ser orientada sobre a importância dos exames de saúde necessários em cada idade
  • Crianças com a síndrome devem ser submetidas a um ecocardiograma nos primeiros anos de vida, já que metade dos jovens com a deficiência tem cardiopatias. O hemograma também é necessário nessa fase para afastar a possibilidade de problemas como a leucemia

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