sábado, maio 18, 2013

'O ensino não está pronto para receber superdotados', diz professor

Estimativa aponta que até 39 mil crianças sejam superdotadas no Paraná.
Dessas, apenas 526 em idade escolar recebem acompanhamento.

Samuel Nunes 
Do G1 PR

A Organização Mundial da Saúde estima que de 3% a 5% da população mundial pode ser chamada de “superdotados”. No Paraná, de acordo com a Secretaria de Educação (Seed), o número de alunos com essa condição, entre o 6º ano do ensino fundamental e o 3º ano do ensino médio, pode chegar a 39 mil pessoas.

Para o professor André Ribas, que há quase nove anos cuida da primeira sala de recursos destinada ao atendimento desses alunos no Paraná, um dos problemas que dificulta a identificação desses alunos está no próprio ensino. "A escola ainda é a mesma que eu frequentava há 20 anos, que meus pais frequentavam há 40. O ensino não está pronto para recebê-los”, acredita Ribas.

A preocupação dele é compartilhada pela Secretaria da Educação. Segundo a técnica pedagógica Denise Matos Lima, que trabalha no Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, um dos motivos para o atendimento ainda não ter alcançado números maiores é a dificuldade de identificação dos alunos e a novidade que o atendimento diferenciado a eles representa na pedagogia. "As universidades ainda não formam os professores para identificar os alunos que possuem altas habilidades. Eles costumam receber formação justamente para o contrário, ajudar os alunos que têm dificuldades", diz.

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