Promover a melhora da qualidade de vida por meio de ações preventivas e corretivas, e contribuir com o processo de qualificação, inclusão digital e social das pessoas com deficiência são os objetivos do Programa de Tecnologia Assistiva da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Prota/UTFPR.
O Programa, coordenado pelo professor Claiton Voigt Warnk no campus Curitiba, é dedicado à elaboração de tecnologias assistivas para a comunidade interna e externa da UTFPR, bem como à promoção de serviços e desenvolvimento de recursos de acessibilidade na Universidade. Lá também são prestados serviços de assistência técnica, produção e manutenção de equipamentos e softwares acessíveis.
De acordo com a Coordenação da Universidade, existem atualmente 23 alunos com algum tipo de deficiência matriculados na instituição. Destes, somente quatro precisam de algum tipo de auxílio para o desenvolvimento de seus estudos. Como as atividades predominantes no Prota são de extensão social, foram registrados em 2010 um total de 875 serviços técnicos especiais executados, que contemplaram diretamente as pessoas com deficiência.
Os mais beneficiados por esses serviços são as pessoas com deficiência visual – para os quais o Prota fabrica e realiza manutenção gratuita de bengalas dobráveis. Outra atividade a ser destacada é a manutenção de equipamentos como máquinas de escrever em braile, sorobãs, regletes e cadeiras de rodas motorizadas ou comuns.
O Prota também é responsável por promover ações e projetos de acessibilidade arquitetônica no campus, como instalação de plataformas de elevação e colocação de piso tátil, realizados por meio de captação de recursos. Além disso, confecciona sensores para o software Emulador Teclado Mouse – ETM, disponibilizados gratuitamente para pessoas com paralisia cerebral. O software foi desenvolvido na UTFPR em um projeto de mestrado. “A importância dessas atividades para as pessoas está no fato de que elas objetivam facilitar a vida e o cotidiano daqueles que hoje merecem tratamento diferenciado para que sejam iguais suas oportunidades em relação às dos demais cidadãos”, explica o professor Claiton Voigt.
O coordenador vê com otimismo a expansão do modelo do Prota para outras universidades e instituições do país: “Creio que seja possível. Mas não é um ato administrativo do dirigente que fará com que alguma coisa aconteça, é necessário dedicação e comprometimento por parte daqueles que irão trabalhar com inclusão de pessoas com deficiência, pois essa temática ainda é um tabu para muitas pessoas”, diz.
Fora as atividades até agora realizadas pelo Prota, há outras ações previstas para 2011. Entre elas, destaca-se o projeto de instalação de 1.100 metros de pista tátil dentro e em volta do campus Curitiba. A construção já foi aprovada no edital Incluir 2010: Acessibilidade na Educação Superior, da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação – Sesu/MEC, cuja meta primeira é “implantar a política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva na educação superior”. A obra, entretanto, aguarda a liberação dos recursos para contratação de empresas especializadas.
A proposta da pista tátil prevê que a pessoa com deficiência visual possa se deslocar com total autonomia dentro da Universidade, sem depender de auxílio de terceiros, como afirma o professor Claiton: “Temos garantido, no mesmo edital, recursos financeiros para a colocação de mais uma plataforma de elevação para cadeirante, além das quatro já existentes. Temos outras duas que estão sendo confeccionadas pela própria UTFPR, no campus Curitiba”.
O planejamento do Prota para 2011 tenciona um total de mil serviços técnicos especiais realizados, que garantirão uma melhora fundamental na acessibilidade da instituição. Para Claiton Voigt Warnk, todo o trabalho feito em prol da inclusão pode ser resumido numa citação do dr. Franclin Costa do Nascimento: “Uma pessoa com deficiência não quer o peixe, e nem que o ensinem a pescar. Quer apenas a oportunidade de chegar até a beira do rio.”
Prêmios já recebidos pelo Prota:
• Prêmio Técnico Empreendedor 2005, do MEC/Sebrae.
• Prêmio Dignidade Solidária, do Cepac-PR.
• Livro Publicado – “História de Sucesso: Um serviço inovador em equipamento de apoio ao deficiente” (Sebrae, 2008, ISBN 978-85-7333-506-4).
• Certificado como Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil.
• Monografia “Aspectos Sociais da Manutenção Quando Voltada à Tecnologia Assistiva” (UTFPR, 2007).
• Monografia “A Inclusão e a Acessibilidade de Pessoas com Necessidades Especiais nos Cursos do Campus Curitiba da UTFPR (IFMT, 2009).
Por Janice Moraes
O Programa, coordenado pelo professor Claiton Voigt Warnk no campus Curitiba, é dedicado à elaboração de tecnologias assistivas para a comunidade interna e externa da UTFPR, bem como à promoção de serviços e desenvolvimento de recursos de acessibilidade na Universidade. Lá também são prestados serviços de assistência técnica, produção e manutenção de equipamentos e softwares acessíveis.
De acordo com a Coordenação da Universidade, existem atualmente 23 alunos com algum tipo de deficiência matriculados na instituição. Destes, somente quatro precisam de algum tipo de auxílio para o desenvolvimento de seus estudos. Como as atividades predominantes no Prota são de extensão social, foram registrados em 2010 um total de 875 serviços técnicos especiais executados, que contemplaram diretamente as pessoas com deficiência.
Os mais beneficiados por esses serviços são as pessoas com deficiência visual – para os quais o Prota fabrica e realiza manutenção gratuita de bengalas dobráveis. Outra atividade a ser destacada é a manutenção de equipamentos como máquinas de escrever em braile, sorobãs, regletes e cadeiras de rodas motorizadas ou comuns.
O Prota também é responsável por promover ações e projetos de acessibilidade arquitetônica no campus, como instalação de plataformas de elevação e colocação de piso tátil, realizados por meio de captação de recursos. Além disso, confecciona sensores para o software Emulador Teclado Mouse – ETM, disponibilizados gratuitamente para pessoas com paralisia cerebral. O software foi desenvolvido na UTFPR em um projeto de mestrado. “A importância dessas atividades para as pessoas está no fato de que elas objetivam facilitar a vida e o cotidiano daqueles que hoje merecem tratamento diferenciado para que sejam iguais suas oportunidades em relação às dos demais cidadãos”, explica o professor Claiton Voigt.
O coordenador vê com otimismo a expansão do modelo do Prota para outras universidades e instituições do país: “Creio que seja possível. Mas não é um ato administrativo do dirigente que fará com que alguma coisa aconteça, é necessário dedicação e comprometimento por parte daqueles que irão trabalhar com inclusão de pessoas com deficiência, pois essa temática ainda é um tabu para muitas pessoas”, diz.
Fora as atividades até agora realizadas pelo Prota, há outras ações previstas para 2011. Entre elas, destaca-se o projeto de instalação de 1.100 metros de pista tátil dentro e em volta do campus Curitiba. A construção já foi aprovada no edital Incluir 2010: Acessibilidade na Educação Superior, da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação – Sesu/MEC, cuja meta primeira é “implantar a política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva na educação superior”. A obra, entretanto, aguarda a liberação dos recursos para contratação de empresas especializadas.
A proposta da pista tátil prevê que a pessoa com deficiência visual possa se deslocar com total autonomia dentro da Universidade, sem depender de auxílio de terceiros, como afirma o professor Claiton: “Temos garantido, no mesmo edital, recursos financeiros para a colocação de mais uma plataforma de elevação para cadeirante, além das quatro já existentes. Temos outras duas que estão sendo confeccionadas pela própria UTFPR, no campus Curitiba”.
O planejamento do Prota para 2011 tenciona um total de mil serviços técnicos especiais realizados, que garantirão uma melhora fundamental na acessibilidade da instituição. Para Claiton Voigt Warnk, todo o trabalho feito em prol da inclusão pode ser resumido numa citação do dr. Franclin Costa do Nascimento: “Uma pessoa com deficiência não quer o peixe, e nem que o ensinem a pescar. Quer apenas a oportunidade de chegar até a beira do rio.”
Prêmios já recebidos pelo Prota:
• Prêmio Técnico Empreendedor 2005, do MEC/Sebrae.
• Prêmio Dignidade Solidária, do Cepac-PR.
• Livro Publicado – “História de Sucesso: Um serviço inovador em equipamento de apoio ao deficiente” (Sebrae, 2008, ISBN 978-85-7333-506-4).
• Certificado como Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil.
• Monografia “Aspectos Sociais da Manutenção Quando Voltada à Tecnologia Assistiva” (UTFPR, 2007).
• Monografia “A Inclusão e a Acessibilidade de Pessoas com Necessidades Especiais nos Cursos do Campus Curitiba da UTFPR (IFMT, 2009).
Por Janice Moraes
Revista Nacional de Tecnologia Assistiva
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