sexta-feira, julho 08, 2011

SP Pais de alunos com necessidades especiais participam do Inclui

A partir desta segunda (11), e durante toda a semana, vários encontros nas 13 Diretorias Regionais de Educação (DREs) vão reunir equipes multidisciplinares do Programa Inclui e pais de alunos portadores de necessidades educacionais especiais que estudam na Rede Municipal de ensino. Além de serem informados sobre a evolução escolar de seus filhos, os pais vão tirar dúvidas sobre o programa e a atuação dos Auxiliares de Vida Escolar (AVEs), profissionais que acompanham os alunos com deficiências severas e que não têm autonomia para alimentar-se, fazer a própria higiene e locomover-se.

Os encontros devem reunir psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, além de psiquiatras, fisiatras e assistentes sociais da Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). Na oportunidade, serão mostrados diferentes instrumentos utilizados na avaliação dos alunos. O primeiro é o teste de Denver, que avalia o comportamento motor, contato social e a linguagem da criança. O outro é um mini-exame de estado mental. Ambos já são aplicados nas escolas municipais. Segundo Patrícia Tanoue Peres, coordenadora do projeto Rede – a frente de trabalho do Inlcui que envolve a atuação das equipes multidisciplinares nas escolas -, a partir do conhecimento dessas ferramentas, os pais poderão entender os diferentes tipos de apoio que devem ser dados aos seus filhos.


Ela dá o exemplo de uma criança que ainda não tem autonomia, mas que tem identificada sua capacidade de pegar um copo para tomar água sozinha. “Nestes casos podemos pedir à mãe que não faça pela criança, mas com ela.” Para ela, toda criança com necessidades especiais apresenta restrições, dificuldades, limitações e, por conta disso, precisa ser entendida. Uma das maneiras, propõe, é fazer uma conta de subtração. “O que sobra é o potencial funcional residual dela, ou seja, suas capacidades”, explica. Segundo Patrícia, o desenvolvimento depende de fatores internos da criança – o potencial residual – e externos, que compreendem as relações, que se dão principalmente na escola e em casa. “Essas relações com o meio são determinantes para o sucesso do processo de inclusão.”


08/07/2011 - 16:25
Portal da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

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